Aproveitando a volta do site do Coletivo Action ao ar - com o qual o organizador da mixtape Ciro colabora escrevendo crônicas semanalmente -, chamamos o Raphael Morone, um dos idealizadores do projeto, famoso por colocar em pauta design e música negra, para participar da Listamania desta semana. Cartazista de mão cheia, Morone compartilha conosco os seus cinco artistas gráficos favoritos. E fiquem ligados que a Action volta ao ar no dia 29 de março!
1. Peter Saville - O Mancuniano Peter Saville possui uma história foda. Foi um dos sócios fundadores da lendária Factory Records, label responsável por lançar bandas como Happy Mondays e New Order. Na época, invés de utilizar uma linguagem suja, em pleno no auge do Punk, optou pelas raízes minimalistas do construtivismo e criou uma identidade visual única para a gravadora e seus artistas. Tudo com a aura da industrial Manchester.
2. el Lissitzky - O soviético foi um dos caras mais multimídia que já existiu. Com raízes judaicas, começou ilustrando em peças de porcelana e logo em seguida migrou para livros infantis. Após a revolução bolchevique, conseguiu espaço entre o coletivo de artistas que trampavam para o partido e tornou-se um dos principais nomes do construtivismo russo. Continuou produzindo suas porcelanas e ilustrações, mas ainda teve tempo de criar pôsters e servir de decorador de exibições em sindicatos. Lissitsky era tão foda que criou um movimento-junto com seu mestre Malevich-, o Suprematismo, uma corruptela do construtivismo e que buscava formas geométricas puras. Com a morte de Lênin, o artista perdeu espaço para os pintores realistas, até morrer de tuberculose anos depois.
3. Antonio Reboiro - Reboiro fez parte da geração de ouro da arte cubana. Cartazista de mão cheia, foi responsável pela produção de centenas destes para filmes nacionais e internacionais. O cubano utilizava paletas de cores contrastantes em seus trabalhos, dando um ar atemporal na coisa toda. Com ilustrações ora mais geométricas, ora mais psicodélicas, o artista conseguia se destacar em meio a produção intensa e de qualidade dos anos 70 da ilha.
4. Reid Miles - O novaiorquino Reid Miles fez parte de uma das duplas mais entrosadas que se viu desde Pelé e Coutinho. Juntamente com o fotógrafo Francis Wolff, produziram por mais de onze anos as capas da grandississima label de jazz Blue Note. Classudas ao extremo, misturavam tipografia, foto e formas geométrica. A obra deles é tão atual, que nem parece que foram criadas há mais de 40 anos atrás. Miles, juntamente com seu eterno companheiro, estão na galeria de personagens mais importantes das artes gráficas do século XX.
5. Rogério Duarte - Outro multímidia da lista, e esse, para honrar o berço. O baiano Rogério Duarte foi parte fundamental do Tropicalismo e da formação do design brasileiro. Cartazista, cenógrafo, músico, escritor, o cara era daqueles que você fica puto pela quantidade de coisa boa que produzia. Entre os seus trampos mais icônicos, o cartaz do filme "Deus e o diabo na terra do sol" e as capas de discos dos músicos tropicalistas são os mais reverenciados. Faz parte daquela galeria de artistas eternos: suas peças nunca envelhecem e influenciam cada vez mais as pessoas. Rogério ainda foi um dos primeiros a ser preso e denunciar a tortura nos tempos de Ditadura.
2. el Lissitzky - O soviético foi um dos caras mais multimídia que já existiu. Com raízes judaicas, começou ilustrando em peças de porcelana e logo em seguida migrou para livros infantis. Após a revolução bolchevique, conseguiu espaço entre o coletivo de artistas que trampavam para o partido e tornou-se um dos principais nomes do construtivismo russo. Continuou produzindo suas porcelanas e ilustrações, mas ainda teve tempo de criar pôsters e servir de decorador de exibições em sindicatos. Lissitsky era tão foda que criou um movimento-junto com seu mestre Malevich-, o Suprematismo, uma corruptela do construtivismo e que buscava formas geométricas puras. Com a morte de Lênin, o artista perdeu espaço para os pintores realistas, até morrer de tuberculose anos depois.
3. Antonio Reboiro - Reboiro fez parte da geração de ouro da arte cubana. Cartazista de mão cheia, foi responsável pela produção de centenas destes para filmes nacionais e internacionais. O cubano utilizava paletas de cores contrastantes em seus trabalhos, dando um ar atemporal na coisa toda. Com ilustrações ora mais geométricas, ora mais psicodélicas, o artista conseguia se destacar em meio a produção intensa e de qualidade dos anos 70 da ilha.
4. Reid Miles - O novaiorquino Reid Miles fez parte de uma das duplas mais entrosadas que se viu desde Pelé e Coutinho. Juntamente com o fotógrafo Francis Wolff, produziram por mais de onze anos as capas da grandississima label de jazz Blue Note. Classudas ao extremo, misturavam tipografia, foto e formas geométrica. A obra deles é tão atual, que nem parece que foram criadas há mais de 40 anos atrás. Miles, juntamente com seu eterno companheiro, estão na galeria de personagens mais importantes das artes gráficas do século XX.
5. Rogério Duarte - Outro multímidia da lista, e esse, para honrar o berço. O baiano Rogério Duarte foi parte fundamental do Tropicalismo e da formação do design brasileiro. Cartazista, cenógrafo, músico, escritor, o cara era daqueles que você fica puto pela quantidade de coisa boa que produzia. Entre os seus trampos mais icônicos, o cartaz do filme "Deus e o diabo na terra do sol" e as capas de discos dos músicos tropicalistas são os mais reverenciados. Faz parte daquela galeria de artistas eternos: suas peças nunca envelhecem e influenciam cada vez mais as pessoas. Rogério ainda foi um dos primeiros a ser preso e denunciar a tortura nos tempos de Ditadura.
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