Sejam bem vindos a mais uma coluna do bon vivant. Apesar do título, não vamos recomendar abdominais ou uma costureira para os prezados internautas. Desta vez, este espaço tratará do mundo gastronômico e do mercado financeiro, dois dos mais importantes pilares da vida de um apreciador da arte nobre de viver bem. Somente com a barriga e os bolsos razoavelmente cheios e bem tratados é possível estampar um sorriso sincero no rosto e levar adiante o orgulho de ser um bon vivant.
Vamos falar das opções gastronômicas de Santos, onde a Lulina desembarca no próximo sábado (17) para colocar a galera para dançar na querida festa Mixtape. Embora seja uma cidade sem grande variedade de lazer para os jovens (só o mesmo tipo de balada repleta de música sem qualidade e frequentada por cidadãos de raciocínio pouco privilegiado), Santos se notabiliza por ter um roteiro gastronômico invejável, raramente encontrado fora das grandes metrópoles. Há locais de qualidade até mesmo nas praças de alimentação dos shoppings, que geralmente só reúnem porcarias calóricas como McDonald’s e Burger King.
No Praiamar Shopping, é imprescindível se deliciar com a comida japonesa do Max Sushi. É uma das únicas três unidades em território nacional – as outras são em Belo Horizonte (MG) e Goiânia (GO) -, bem distantes, portanto. Uma boa e bem preparada variedade de sushis é vendida por quilo. O preço é bastante alto, porém sai mais em conta do que pedir um combo de sushi nos restaurantes japoneses de Santos. Como comparação, é possível pegar quatro niguiris, quatro uramakis e quatro hossomakis por cerca de R$ 15 reais, enquanto um combo desses nos tradicionais estabelecimentos raramente está disponível por menos de R$ 20. O niguiri de salmão e os hossomakis recheados com atum ou morango do Max Sushi são imperdíveis. No entanto, faça uma avaliação criteriosa do custo-benefício se a intenção for pedir sashimi ou temakis, que são preparados na hora e têm preço a la carte.
Meu lanchinho oriental. Diversidade de opções com cream cheese e fartura de wasabi (aquela massa verde ao fundo) para dar aquele equilíbrio à refeição. Para acompanhar o sushi (ou qualquer outro pedido), é só dar uma chegada no box ao lado, do mexicano Sofitacos, e pedir uma coparra de meio litro do chopp da Heineken. A bebida mistura o sabor marcante da cerveja com a leveza do chopp. É uma opção dificilmente encontrada na baixada Santista e deve ser repetidamente apreciada. O melhor dentre os chopps mais populares e acessíveis.
Para quem gosta de um ambiente despretensioso e agradável para passar bons momentos conversando, Santos oferece o buffet livre da Confraria dos Pães. Embora esteja longe de ser o melhor da Cidade – o do Empório Villa Borghese é uma tentação para sair de barriga estufada -, há algumas pedidas sensacionais no cardápio do local. O creme de queijo é um dos melhores que já experimentei, feito na medida certa. O ideal é aproveitar o buffet na parte da tarde, quando os salgados estão frescos e recém-saídos do forno. Há sucos disponíveis no buffet, mas um bom vivant deve pedir uma caipirinha para acompanhar. Ela vem bem forte e deixa o ambiente mais alegre.
Os organizadores da Mixtape exigem que eu sempre encaixe fotos de uma gostosa na coluna. Ia falar sobre o oceano de Santos como desculpa esfarrapada para inserir essa, mas não to com muito saco. Apreciem a foto e não encham o saco. FestivalHá muitos outros bons lugares em Santos. Alguns dos principais restaurantes da Cidade podem ser visitados durante o Santos Food Festival. O evento gastronômico, que vai até 30 de abril, oferece cozinhas variadas e de grande qualidade, como o argentino Parilla San Pablo e o libanês Al Kabir. Pelo preço de R$ 25 no almoço e R$ 29 do jantar são oferecidos cardápios fechados, com entrada, prato principal e sobremesa. Antes do fim do festival, esta coluna irá visitar alguns dos estabelecimentos participantes e comentará nesta nobre espaço mixtapeano.
FinançasCom a inflação em baixa, as principais aplicações financeiras de renda fixa estão rendendo míseras taxas mensais para os cidadãos brasileiros. A principal alternativa são as ações da bolsa de valores. Não é preciso, como é o pensamento comum, vasto conhecimento do mercado financeiro para investir. A coluna do bon vivant recomenda uma consulta ao seu banco para avaliar a possibilidade de aplicar em pacotes fechados de ações. O Banco do Brasil, por exemplo, oferece pacotes por categoria. Nos últimos dias, as ações de Siderurgia têm rendido muito bem, muito acima da média dos índices anuais de renda fixa. Empresas com a Usiminas e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) estão em alta, mas é preciso equilíbrio nos investimentos e diversificar os alvos. Fica a dica de buscar mais informações e fazer aquele dinheiro que está parado render sem grandes riscos.
O bon vivant é Bruno Merlin, jornalista dos sites PortoGente e ÓMinhaSantos.